Reflexão

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domingo, 26 de junho de 2011

TORTA DE DEUS




O que eu tenho feito com meu tempo, dinheiro, saúde, talentos? Tenho deixado Deus por último?
Vamos pensar nisto!!!

Ótima semana a todos!!!

FALTA


Que vazio é este que sinto agora no peito,
que dói e dói, e não tem jeito?
Desconfio que seja falta de algo que faz tempo tenho ao meu lado.
Coisa importante que não é coisa, mas gente, que de gente tão minha
chega a ser coisa íntima.
Desconfio que seja falta de alguém que amo e que também me quer bem.
Alguém que se foi por poucos instantes, mas que estando longe há
poucos minutos, parece há tempos distante.
Desconfio que seja falta do amor, do abraço, do cheiro do meu bem querer!
Se tu não estás aqui , o que mais posso querer?
Nada além de tua volta, para que estejas comigo inteiro de corpo e de alma, e
estando assim, tão perto de mim, possa eu me recostar no teu peito,
sentir o gosto do beijo, e agradecer ao Senhor pelo amor de minha vida!!!

Andréia Mamedes

Beto, amo você!!!
bjos:)

O que é solidão?

         O que é solidão? Quando adolescente amava ficar sozinha! O silêncio sempre me ajudou a recarregar as baterias, a colocar a cabeça em ordem (ou não), a sonhar. Para mim, o silêncio tinha cheiro de chuva, gosto de bolo quente, sem som algum. Apenas para dormir eu precisava de alguém, e aí entravam meus irmãos, que tinham de me agüentar em suas camas. Depois vieram algumas fases em minha vida, onde ficar sozinha era um pesadelo, me dava medo, e eu não confiava naquele som maquiavélico. Agora o mesmo silêncio de outrora tinha adquirido um gosto amargo, com odor de suspense, e uma melodia que me fazia chorar e tremer. Mais alguns anos se passaram, e aqui estou eu com meus 30 anos. Me tornei uma balzaquiana, e ao contrário de muitas mulheres, não posso dizer que estou em minha melhor forma. O medo passou, e devo isso a Deus primeiramente. Voltei a gostar do silêncio, e embora ele já não tenha as mesmas características de 15 anos atrás, ainda possui o mesmo significado, me trazendo calma, reorganizando pensamentos, impulsionando idéias, e o principal: descansando a minha alma e o meu corpo. 
        Hoje, o silêncio tem para mim,  gosto de capuccino de baunilha, cheiro de mato, e muito barulho. É um silêncio cheio de vozes, de som de vídeo game, de “mãe” para cá e para lá, de bola batendo na parede, e de pés ansiosos, alegres ou bravos, socando o assoalho enquanto tento dormir. Às vezes procuro o silêncio de antigamente, mas não o encontro, e me pergunto onde ele estará. Mas logo percebo que o silêncio de antigamente ainda existe, eu é que mudei e já não consigo sustentá-lo. Teimosa, tento muitas vezes a todo custo agarrá-lo, e por alguns momentos até o seguro em minhas mãos e o amarro comigo, mas em vez da antiga sensação de paz e sossego, esse tipo de silêncio, ora preso em minhas mãos, me traz angústia, lembranças, sonhos tão distantes que doem, e culpa pelo egoísmo e a ingratidão de querer estar só.
        Assim, o deixo ir. E retomo o silêncio que agora me cabe e que não quero que acabe. O melhor silêncio do mundo, o barulhento. Aquele silêncio depois de um banho, em que mãos batem à porta do quarto antes mesmo que eu me vista, o silêncio de olhos empolgados para falar sobre as mais recentes descobertas, o silêncio carregado de risos e choros, o silêncio encontrado no aconchego de bracinhos que me amam sem eu merecer, e que mesmo sob protestos, insistem em me abraçar e acolher.

O que é solidão? Não sei. 


Aos meus filhos Gilberto e Marcelo
Andréia Mamedes